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Líder de facção que trocava mensagens com delegado preso em operação da PF no AP é transferido para presídio federal no RN

O líder de facção criminosa Ryan Richelle dos Santos Menezes, conhecido como “Tio Chico”, que foi interceptado trocando mensagens com o delegado Sidney Leite na operação “Queda da Bastilha”, foi transferido do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) para presídio federal em Mossoró, Rio Grande do Norte, nesta sexta-feira (23).

De acordo com a decisão da Justiça publicada em 19 de setembro, o detento deve ficar preso na Penitenciária Federal de Mossoró pelo prazo de 2 anos.

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A defesa do detento não concordou coma transferência e alegou que ele está com depressão e tuberculose, mas a Justiça analisou os exames médicos e verificou que a tuberculose está controlada e que o tratamento psicológico pode ser feito no ambulatório da penitenciária federal.

O pedido para a transferência de Ryan para o presídio de segurança máxima foi feito tanto pela Divisão Especial de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil do Amapá quanto pela Grupo de Atuação Especial para Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amapá, em momentos diferentes.

De acordo com o delegado Estéfano Santos, da Draco, há pelo menos um ano a polícia já trabalha para efetuar a transferência de 13 lideranças de facções criminosas e o Ryan é o quarto a ter o pedido deferido, após o desdobramento da operação ‘Queda da Bastilha’.

A Polícia Federal e a Gaeco apreenderam em janeiro deste ano um celular que estava em posse de Ryan e conseguiu identificar o ‘esquema de ilícitos’ dentro do Iapen, que era coordenado por integrantes da organização criminosa, servidores públicos do presídio e o delegado de Polícia Civil, Sidney Leite.

Esquema de ilícitos acontecia dentro da penitenciária do Amapá — Foto: Jorge Júnior/Rede Amazônica

As mensagens interceptadas pela PF resultaram na operação deflagrada em 14 de setembro e que reforçou a necessidade da transferência do preso, segundo a decisão.

O pedido do MP, teve como fundamento diversos episódios descobertos a partir da ação em que foi encontrada uma caixa de papelão na cozinha do Iapen com o carregamento de drogas, arma, munições e celulares, e que de acordo com a investigação, seriam colocados dentro de marmitas.

No pedido, o MP detalhou que Ryan estaria “desenvolvendo plenamente suas atividades em prol da organização criminosa” e que ele “comandava de dentro do Iapen uma série de atividade ilícitas, dentre elas o tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte de arma, integrar e liderar organização criminosa e corrupção passiva”.

Uma operação foi montada e, sob um forte esquema de segurança, eles foram levados até o Aeroporto de Macapá. O comboio que escoltou a viatura com o preso foi formado pela Polícia Federal, pela Gaeco e o Grupamento Tático Prisional (GTP).

O detento foi transferido em voo comercial. O forte esquema de segurança levou ele até a pista de pouso onde embarcaram.

Transferência de Ryan Richelle dos Santos Menezes para penitenciária federal de Mossoró — Foto: PF/Divulgação

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