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Petrobras enfrenta nova guerra, agora com o STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, pediu transparência na política de preços praticada pela Petrobras. Por isso, determinou na segunda-feira 22 que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apresentem um cronograma das medidas e ações a serem adotadas nos próximos trinta dias para garantir a regularidade dos preços dos combustíveis no país.

Mendonça determinou um prazo de cinco dias para que o ANP e o Cade apresentem as ações e pediu medidas para apurar a formação de preços da Petrobras.

O ministro considera a atuação dos órgãos falha diante a crise dos combustíveis e cobra maior atuação com relação à Petrobras. No documento, Mendonça ainda menciona o lucro da companhia neste ano, alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro e de sua base aliada. Mendonça foi indicado no ano passado ao STF por Bolsonaro, que busca a reeleição e tem como uma de suas principais bandeiras de campanha a redução do preço dos combustíveis.

A decisão acontece em um momento em que a Petrobras já vem reduzindo os preços devido à queda do preço do barril do petróleo no mercado internacional. Nos últimos dois meses, a companhia já realizou cinco cortes, dois no diesel e três na gasolina. A crise dos preços gerou um verdadeiro cabo de guerra entre o presidente e a Petrobras, levando a diversas trocas no comando da companhia, até que a conjuntura internacional deu uma trégua. Caio Mário Paes de Andrade, membro da equipe econômica do ministro Paulo Guedes, assumiu a presidência em junho, sendo esse o quinto presidente da Petrobras no governo Bolsonaro.

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